Texto Pivô: Dezenas de pessoas morreram no domingo passado, o dia mais sangrento dos protestos em Myanmar.
Voz Off 1: 59 pessoas morreram na resistência contra o golde de Estado em Myanmar. Segundo o jornal Myanmar Now, os médicos e as equipas de resgate acreditam que o número de vítimas pode ser mais elvado.
1ª Entrevista: Eu não quero viver sob a junta militar, é por isso que venho para a rua. Ainda que tenha medo, nós iremos lutar juntos contra os militares.
2ª Entrevista: Nós temos de lutar por um futuro. Eu não aceito o golpe militar. Eu fui presa uma vez, mas as pessoas vieram ajudar-me a fugir das forças de segurança e fui libertada.
Voz Off 2: Os militares justificaram o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado. A tendência mostra que a polícia dispara para matar.
3ª Entrevista: Se não obdessem (para dispararem), tínhamos ordens para disparar a matar. Eu não podia obdecer ao meu superior para matar o meu povo, por isso, fugi do meu país.
Voz Off 3: Cada vez mais têm sido as religiosas católicas que se ajoelham diante dos polícias, servindo de escudo aos protestos.
4ª Entrevista: Todos nós ajoelhamos para lhes pedirmos. Eles dizem que vão reprimir os protestos. Eu não quero nenhum problema aqui. Pedi-lhes para não matarem as crianças.
Voz Off 4: A organização não-governamental Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP) denunciou que mais de 125 pessoas já morreram durante a repressão das manifestações contra o golpe de Estado militar de 1 de fevereiro.