Texto Pivô: A pandemia veio afetar, de uma forma negativa, a vida de muitos negócios em todo o país. No Porto, vários lojistas nos contam tudo aquilo que têm vivido, ao longo destes tempos.
Voz Off 1: A pandemia gerada pelo vírus da covid-19 atingiu todo o País e, como tal, o setor comercial também. No Porto, não é diferente, e os comerciantes sentem o negócio cada vez mais fraco. Chegamos à rua de Santa Catarina, onde se encontra pouca gente pela manhã. Encontramos ao acaso “A pérola do bolhão”, uma mercearia inaugurada há 103 anos na Rua Formosa. A loja está cheia, mas de funcionários, que nada têm para fazer. Sentado, está António Reis, o proprietário, que reflete um pouco sobre o estado atual do seu negócio.
Entrevistado 1: O nosso horário é diferente desses condicionamentos, mas que há aí negócios que baixaram muito, há de certeza. E não havia necessidade de cortar tantas horas de serviço. Não havia necessidade. Por exemplo, ao domingo, fecham de tarde. Vem mais gente de manhã. Ainda é pior.
Voz Off 2: No seguimento da rua, mas um pouco mais acima, encontramos a Livraria Alfarrabista João Soares. A loja está repleta de livros, alguns antigos e de grande valor cultural. João é filho do proprietário, mas também ele nos sabe falar sobre o impacto das restrições do governo no negócio da família.
Entrevistado 2: Em certa medida, se calhar na limitação de alguns horários. Não nas medidas de higiene e de segurança. O sábado à tarde costumava ser um bom dia, a época natal era um boa época, como em qualquer comércio. Em certa medida afetaram um bocadinho sim, mas não muito.
Voz Off 3: Estamos em janeiro, e após 10 meses extremamente difíceis e atípicos, a vacina finalmente chegou e, se tudo correr pelo melhor, o ano de 2021 será o virar de um capítulo mais cinzento.
Reportagem de Diogo Araújo e Francisco Moreira