Texto-pivô: O primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica abre portas no dia 5 de abril, no Porto. A entrada é gratuita até junho.
Voz off 1: Durante a segunda guerra mundial foram dizimados cerca de seis milhões judeus. Dois terços da população era judaica.
Hugo Vaz (Curador do Museu do Holocausto do Porto): O museu inicia-se como um espaço verde florido e que pretende mostrar a vida antes da segunda guerra mundial, antes do holocausto. Portanto estamos a falar de uma comunidade judaica que florescia na Europa e que, entretanto, é destruída. Iniciando-se assim uma segunda parte do nosso museu a segunda fase de morte, da escuridão, de arame farpado.
Voz off 2: O Museu retrata o sofrimento da vida dos judeus num dos períodos mais negros da História.
Hugo Vaz: O campo de Auschwitz now é de facto a mais icónica de todos os campos de concentração este é o mais icónico por um motivo, foi aquele que exterminou mais pessoas. Estes carris que levavam precisamente à morte.
Voz off 3: Mais de dois milhões de judeus fugiram para Portugal, cerca de cinquenta mil refugiados ao longo do ano (1941) de mil e novecentos e quarenta e um. A cidade do Porto recebeu centenas de judeus vindos sobretudo da Bélgica, França e Luxemburgo.
Hugo Vaz: Documentos que pertencem ao arquivo da comunidade judaica do Porto. Que foram enviados há alguns anos para o Museu de Holocausto de Washington onde foram digitalizados e arquivados também e agora regressam ao Porto e apresentam-nos no fim cerca de quatro centenas de fichas individuais de refugiados que passaram pelo Porto.
É nosso interesse demonstrar ou fazer-lhes conhecer esta página negra da nossa história para que não se volte a repetir.
Voz off 4: O Museu do Holocausto do Porto nasceu no âmbito do projeto “Nunca Esquecer” integrado no programa “Memória do Holocausto”.
E tem como missão não deixar o mundo esquecer o ódio, a discriminação que levaram ao terrível holocausto.
Reportagem de Ana Cláudia Fernandes e Vanessa Sousa