Texto-pivô: A CP realizou esta segunda-feira uma nova greve no Porto. Os trabalhadores exigem um aumento salarial. A circulação de comboios esteve comprometida até ao meio-dia.
Voz-off 1: Foi mais uma segunda-feira sem comboios no Porto. Os trabalhadores da CP fizeram uma greve parcial sem serviços mínimos. A falta de comboios causou perturbações na circulação.
Entrevistado 1: Eu como estudo no centro do Porto costumo ir de transportes públicos, nomeadamente o comboio, e com a greve não consigo ir.
Entrevistado 2: Do atraso para o trabalho e para as aulas, é o stress que causa. Os horários das responsabilidades.
Voz-off 2: A paralisação foi entre as 5 e as 8 da manhã. O impacto sentiu-se até o início da tarde. Os passageiros tiveram de recorrer a alternativas.
Entrevistado 2: Vou apanhar o Bolt porque estou com pressa e quero ir embora já, senão apanhava outro comboio…
Entrevistado 1: Como já é hora de almoço disseram-me que a greve era só ao início da manhã, e eu tentei a minha sorte mas mesmo assim acho que não vou conseguir. Por isso o Uber vai ser mesmo a opção e acho que como já estou em cima da hora os autocarros também estão fora de questão.
Voz-off 3: Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais. A Federação dos Sindicatos dos Transportes justifica a existência de greves, face às condições atuais.
Entrevistado 3: Há uma greve porque as pessoas consideram que não têm os seus salários atualizados, num ano em que está a haver um aumento brutal da inflação. Em treze anos tiveram apenas dois aumentos de salários. Pode haver possibilidades de novas greves se continuarmos a ter em cima da mesa uma proposta de 0,9 quando a inflação está nos 7,2 %.
Voz-off 4: A greve teve uma adesão acima dos 90%. Esta sexta-feira haverá uma nova paralisação em Lisboa. Enquanto isso, os trabalhadores esperam por uma luz ao fundo do túnel.
[Reportagem de Inês Santos e Gonçalo Azevedo]