Texto Pivô: Após o alívio das restrições, Futebol Clube do Porto e Gil Vicente defrontam-se, este domingo, num jogo onde o teste negativo leva cartão vermelho à entrada. 

Voz Off 1: Portugal entra em situação de alerta em todo o território continental. Com ela, mudam as regras para assistir a eventos desportivos. O confronto entre Futebol Clube do Porto e Gil Vicente foi o primeiro jogo no Estádio do Dragão com as novas medidas. Deixa de ser necessário apresentar um teste negativo à covid-19. Porém, mantém-se a obrigatoriedade do uso de máscara. As opiniões dividem-se. Há quem não se sinta seguro e defenda a permanência dos certificados.  

Entrevistado 1: Ora, pode ser bom e pode ser mau. Como é muita gente e ainda não há aquela distância, talvez por um lado deveria manter-se ainda. Qualquer pessoa pode entrar mesmo sem estar vacinado ou sem teste, neste caso é certificado. 

Entrevistado 2: Se pode estar de dia ou se podem abrir de noite, e aquelas que só podia estar das sete ou às cinco, isso não fazia sentido nenhum. Por isso, mais vale ao menos tirar e manter só as máscaras.    

Voz Off 2: Tal como a camisola e os cachecóis, a máscara tornou-se parte do vestuário. Esta permanece obrigatória dentro do recinto desportivo.  

Entrevistado 3: A máscara sim, acho que devíamos continuar. Acho que não fazia mal fazermos o teste, pelo menos. O certificado não invalida a pessoa ter ou não covid, mesmo com as vacinas completas.  

Voz Off 3: Paulo Póvoa, de 10 anos, deixou de ir aos jogos do Futebol Clube do Porto. Os pais precisavam de teste negativo e, por isso, passaram a festejar em casa. 

Entrevistado 4: Eu, em 2019, fui ver, só parei de ver por causa da pandemia. Eu senti-me muito triste porque eu gostava de ver o Porto. Parou os jogos e depois tive de ver pela televisão porque não se podia ver no estádio. 

Vivo 1: Veio assistir aos jogos quando era necessário teste e certificado para entrar? 

Entrevistado 5: Não. 

Vivo 1: Mas porquê?

Entrevistado 5:  Porque não vim. Também tinha medo disto. Agora não. 

Vivo 1: Agora já se sente segura?

Entrevistado 5: Agora já me sinto mais segura. 

Voz Off 4: Desde 25 de dezembro de 2021, o acesso a eventos desportivos estava condicionado. A apresentação de teste negativo à covid-19 era necessária para a entrada em estádios e pavilhões.

[Reportagem de Mariana Azevedo e Mariana Venâncio]

Texto Pivô: O guarda redes Beto regressa ao Leixões depois de 11 anos. O português assina um contrato válido por duas épocas.

Voz off 1: Aos 38 anos, Beto deixa a Turquia para jogar na segunda liga portuguesa.

Entrevistado 1: Orgulhoso com a minha decisão, porque foi uma decisão que a nível familiar reuniu consenso. Também foi um dos grandes fatores pelos quais eu também vim não só para o Leixões mas para a cidade de Matosinhos, onde vive o meu filho e assim consigo finalmente juntar os meus filhos e a minha família que é aquilo que eu mais prezo neste momento.

Voz off 2: A experiência do jogador é uma mais valia para a equipa. 

Entrevistado 2: Toda a gente sabe como o Beto é, é sempre uma pessoa engraçada, é divertido, está sempre a animar a malta. Não é a brincar como os mais jovens. Acho que é uma pessoa divertida e anima bem a malta aqui no balneário.

Voz off 3: A primeira passagem do guarda redes não foi esquecida pelo clube.

Entrevistado 3: Resultados fantásticos, vitórias fantásticas. Como por exemplo uma vitória no Dragão, absolutamente intemporal, onde vencemos o Porto por 3-2 e acho que o Porto não perdia no Dragão a cerca de três ou quatro anos. Uma vitória também em Alvalade por um zero com um golo do Roberto Sousa, com o Beto a fazer uma exibição soberba e obviamente tem um significado para mim especial.

Voz off 4: O percurso de Beto é um motivo de orgulho para ele.

Entrevistado 1: É verdade que tive momentos muito felizes no futebol mas sempre com algo que me parece que me puxava para trás e era aquela sensação que parece que remas e não sais do sítio. Mas o que é facto é que remei muito, muitas vezes contra a maré, mas a minha fé ajudou-me a acreditar que fui ao sabor da maré e a maré levou me para um bom destino.

Voz off 5: Com vários títulos na carreira Beto não pretende ficar por aqui.

[Reportagem de André Silva e Miguel Valdoleiros]

Texto Pivô: Sérgio Oliveira é uma peça fundamental no FC Porto. Os antigos companheiros de equipa reconhecem a ambição do médio.

Voz off 1: Foi no clube Paços de Brandão que o atleta começou a jogar.

Entrevistado 1: Ele não gostava de perder é verdade. Ralhava com toda a gente é verdade, mas depois tudo passava. Eu punha-o no sítio, falava com ele, era difícil porque ele tinha um temperamento realmente muito quente, mas era obediente.

Voz off 2: Desde os sete anos que leva a sério a prática desportiva.

Entrevistado 2: Qualquer coisa para ele perder ele ficava doente tinha de ganhar os jogos todos. Muito competitivo. Quem lhe desse uma bola dava-lhe tudo. Ele tendo a bola nos pés era uma alegria.

Voz off 3: Sérgio Oliveira não chegou a jogar pela equipa principal do Paços. O interesse do Porto no jovem rendeu o início da carreira profissional.

Entrevistado 3: Foi o atleta dos mil euros que na altura os jogadores não eram livres. O Paços de Brandão para o dispensar fez uma contrapartida ao Porto, passamos-lhe a carta sem dúvida nenhuma. Alguma coisa nos disse e fizemos uma carta que se ele chegasse a sénior do Porto, o Paços de Brandão era ressarcido de alguma verba e foram 75 mil euros e o F.C.Porto pagou os 75 mil euros.

Voz off 4: O percurso do jogador motiva quem está agora a começar.

Entrevistado 4: Ele nasceu cá, jogou cá e é sempre uma referência para os nossos miúdos ter um jogador desses.

Voz off 5: Sérgio Oliveira já soma 19 golos esta época ao serviço do clube azul e branco.

[Reportagem de André Silva e Miguel Valdoleiros]

Texto Pivô: O brasileiro Helton regressa aos relvados. Após 5 temporadas inativo, o guarda-redes aceita o convite para jogar no União de Leiria.

Voz off 1: Aos 42 anos, Helton volta a defender o primeiro clube que representou em Portugal.

Entrevistado 1: Falamos de um clube que está localizado numa zona centro, que hoje não tem um representante. São coisas que muitos não atentam, mas eu acho que é importante. Então, eu quando recebo esse convite eu venho com esse propósito.

Voz off 2: Os anos de carreira e o sucesso do jogador são uma mais valia para o clube.

Entrevistado 2: Um homem de seleção brasileira. Ou seja, eu como treinador sou um privilegiado por poder estar com ele também no balneário, por ver o que ele tem que já pisou outros palcos que nós todos ambicionamos pisar, ganhar os títulos que ele ganhou e trás nos muita experiência, muitas palavras de confiança, muitas palavras de acreditar, de chegarmos mais além.

Voz off 3: Chegar à segunda liga é agora o principal objetivo.

Entrevistado 1: Foi dito até pelo mister José Vieira de que eu tinha dado uma pausa. E depois esse abraço que o elenco, que o grupo de trabalho me deu fez com que eu me adaptasse o mais rápido possível.

Voz off 4: Os colegas ficaram surpresos, mas felizes com o regresso de Helton.

Entrevistado 3: Já levávamos algum tempo de treino e falava-se que ainda viria mais alguém mas quando o Helton entra pela porta nem sabíamos se era para jogar se era para outras funções, não fazíamos a mínima ideia. Quando ele nos disse “não eu estou aqui mesmo é para ajudar dentro de campo."

Voz off 5: A humildade da equipa é a chave do sucesso para o jogador.

Entrevistado 1: Temos um plantel graças a deus maravilhoso e não maravilhoso somente pelas suas qualidades, mas também pela sua humildade e isso para mim é o que é o diferencial desse grupo.

Voz off 6: Com 22 títulos conquistados, a ambição do guarda-redes continua a mesma.

[Reportagem de André Silva e Miguel Valdoleiros]

Texto Pivô: Rui Caetano abandona o futebol aos 29 anos. No início de carreira, era visto como um dos jogadores mais promissores.

Voz off 1: O atleta deixa os relvados para vincar no mundo empresarial. A vontade de trabalhar e ajudar a empresa de construção do pai foi o fator pelo qual se reformou.

Entrevistado 1: Tinha uma ambição muito grande no futebol como tenho nos negócios e não estava a conseguir atingir aquilo que queria. Comecei a meter-me nos negócios.

Voz off 2: As lesões levaram-no também a ponderar uma mudança na vida profissional.

 Entrevistado 1: Comecei a sentir que nos negócios conseguia atingir o patamar que não estava a conseguir atingir no futebol e se calhar o meu foco começou a ser mais forte nos negócios do que propriamente no futebol.

Voz off 3: Deixou o futebol pelo caminho, mas a dedicação não é esquecida por quem o acompanhou.

Entrevistado 2: Eu lembro-me, perfeitamente, que ele entrava e foi decisivo muitas vezes para já era um miúdo de valores, era um miúdo muito educado, muito honesto, muito respeitador e um grande profissional. Independentemente se jogasse ou não a entrega dele e a postura dele eram sempre as mesmas.

Voz off 4: O atleta fez o último jogo da carreira ao serviço do Varzim e foi eleito o melhor em campo.

Entrevistado 1: No final do jogo no Penafiel, cheguei ao balneário e eles começaram a cantar “fica, fica”. Para mim isso foi muito gratificante, foi um dia de muitas emoções, mas a decisão estava tomada já há muito tempo. Depois do Natal em família tomamos essa decisão em conjunto. Estava na hora e eu acho mesmo que estava na hora.

Voz off 5: Deixou o futebol cedo, mas não vai ser esquecido pelos clubes onde passou.

[Reportagem de André Silva e Miguel Valdoleiros]

Texto Pivô: Diogo Jota é mais um jogador português, que antes de estar lesionado, encontrava-se em boa forma ao serviço do Liverpool. O jovem é visto como um exemplo de humildade pelos antigos companheiros de equipa do Gondomar Sport Clube.

Voz off 1: Diogo José Teixeira Silva mais conhecido no mundo do futebol por Diogo Jota vive um sonho de menino ao jogar no Liverpool e pela Seleção Portuguesa. O sucesso do atleta é o trabalho árduo que o jovem tem feito desde que jogava pelo Gondomar.

Entrevistado 1: Ele adorava treinar, tinha um mau perder incrível mesmo nos jogos reduzidos, nos jogos entre a equipa no treino ele detestava perder. Secalhar é muito bonito estar a falar, olha detestava perder deu jogador, não. Era mesmo assim, e ele trabalha sempre no limite.

Voz off 2: Foi com muito trabalho e muitos golos que Diogo Jota ajudou o Gondomar a se tornar campeão pelos juvenis.

Entrevistado 2: Lembro-me de várias jogadas ele fazia sempre muitos golos. Para mim a melhor jogada que eu me lembro foi contra o Rio Ave, quando fomos campeões distritais em juvenis, que uma bola longa do Rodrigo o Jota faz um sprint e marca golo naquela baliza, vai por cima do guarda-redes e faz golo.

Voz off 3: O clube vai dar o nome do jovem à academia como uma forma de recompensar o jogador, por todos os momentos inesquecíveis.

Entrevistado 3: Ficou contente quando eu lhe falei, quando lhe disse gostava mas ele disse que era muito bom para ele, que era uma honra para ele, no clube que ele começou e que esteve dez anos de ter alguma coisa ligada ao nome dele.

Entrevistado 1: Ele quando pode vem cá ver jogos, tanto da formação como do futebol sénior e só isso mostra a pessoa que ele é, não só como jogador mas como pessoa é excecional.

Voz off 4: Em ascensão na Inglaterra, Diogo Jota não esquece que foi em Gondomar onde tudo começou.

[Reportagem de André Silva e Miguel Valdoleiros]