Texto pivô: Os taxistas do Porto queixam-se de uma quebra de clientes de 80%. Alguns já pensaram em desistir.
Voz off 1: Adelino Monteiro é taxista há 38 anos. Nunca viveu uma situação igual.
Vivo entrevistado 1: A indústria de táxis está a ficar falida. Muitos já entregaram as licenças e outros, coitados, estão à beira da falência, porque faturam 15/20% daquilo que faturavam.
Voz off 2: A maioria dos taxistas já estiveram pelo menos quatro horas à espera de clientes. Com a pandemia, o tempo aumentou.
Vivo entrevistado 2: No primeiro confinamento, eu vim trabalhar dia 5 de maio, estive 7 horas na postura do Bom Sucesso. Se fosse empregado, talvez já tivesse desistido, mas como sou patrão ainda tento aguentar ao máximo a profissão.
Vivo entrevistado 3: (Já pensou em desistir da carreira?) Já. (Neste confinamento ou no primeiro?) Desde o ano passado quando isto começou a piorar, claro que pensei. (O que é que o fez não desistir?) A necessidade de trabalhar.
Voz off 3: Os preços dos serviços do transporte entraram em vigor em 2013. Até hoje, não sofreram nenhuma alteração.
Os motoristas apelam às pessoas para andarem de táxi. Garantem que é seguro.
Vivo entrevistado 4: Nós temos toda a segurança, desde a divisão em acrílico, desinfeção do carro uma vez por mês, máscara e 2 pessoas por viatura.
Voz off 4: A falta de turistas fez com que o negócio fracassasse. Com o desconfinamento, acreditam que a situação irá melhorar.
Reportagem: Mariana Oliveira e Raquel Valente