Pivô: A situação de pandemia atual já se sente em Paços de Ferreira, uma cidade com mais de 50 mil habitantes. A indústria mobiliária vê-se parada e com as ruas desertas.
Voz-off 1: As imagens são impressionantes. Na Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, vive-se um momento excecional. Espelha-se a realidade de Portugal e do Mundo: o vazio, a tristeza e o silêncio. Nesta cidade foram tomadas rapidamente as medidas de prevenção necessárias.
Vice-presidente: O facto de este foco ter surgido aqui ao nosso lado, fez soar os nossos alertas aqui no concelho e para evitar os contactos sociais quer os parques da cidade, os cemitérios, juntas de freguesia e, todos os espaços públicos, museus, auditórios, foram todos encerrados muito antes do país.
Voz-off 2: Na Capital do Móvel fecham-se as portas ao que melhor sabem fazer. É uma situação contraditória. O movimento nas ruas e a luta contra o tempo dão lugar à incerteza de quando tudo voltará ao normal.
Empresária: Temos a empresa fechada desde março de 2020, porque a nosso fabrico é mobiliário e trabalhamos 90% para o estrangeiro. Uma vez que as fronteiras estão fechadas, não podemos exportar a mercadoria. Face a esta situação, não sabemos quando vão reabrir as fronteiras e quando nós poderemos voltar a exportar o nosso material.
Voz-off 3: As imagens demonstram que os pacenses têm sido um exemplo de união e força, numa cidade onde a agitação era constante. Agora é tempo de dar voz à natureza.
Cidadã de Paços de Ferreira: Sinceramente nunca pensei ver Paços nesta situação, é óbvio que é muito estranho ver as ruas vazias e a cidade completamente deserta. Acho que ninguém está à espera que uma situação como a pandemia aconteça.
Voz-off final: Já não se ouvem os gritos nas bancadas, o barulho das máquinas, dos carros, nem das conversas de rua. Silêncio, algo inédito. Com certeza que 2020 ficará para a história dos pacenses e de todos os portugueses.