Texto pivô: O Presidente da Federação Académica do Porto foi ouvido no dia 18 de junho no Parlamento. Durante o debate alertou para a necessidade de mais apoios sociais, recursos tecnológicos e alojamento para os estudantes.
Voz-off 1: A transição para o ensino à distância trouxe diversas consequências socioeconómicas. Muitos estudantes foram afetados pelos novos métodos de aprendizagem.
Filipa Freire (estudante): Tive de pedir ajuda à minha família, pois perdi os rendimentos. Era eu que pagava as propinas. Tive de deixar a casa no Porto, pois não tinha possibilidades.
Fernanda Amaral (estudante): O meu psicológico está a ser extremamente afetado por estar sozinha, pela questão económica. Eu cogitei trancar a faculdade inclusive, mas não foi necessário. Não estão sendo momentos realmente fáceis.
Vivo: Num estudo a 2200 estudantes da Academia do Porto, mais de metade perdeu os rendimentos. Velhas questões como o alojamento continuam a precisar de respostas estruturais e novos problemas surgem com a situação atual.
Presidente da FAP: Nós tivemos desagradavelmente mais de duas centenas de pedidos de ajuda para aceder a equipamentos eletrónicos. Aqui a reposta foi das instituições académicas.
Voz-off 2: A preocupação não se limitou aos estudantes nacionais. A Academia do Porto pretende garantir as condições e a dignidade aos universitários internacionais.
Presidente da FAP: Os estudantes internacionais muitos deles eram trabalhadores estudantes, perderam o emprego e viram-se sem qualquer tipo de apoio social. No caso da Universidade do Porto conseguiu apoiar num montante de 128 mil euros.
Voz-off 3: Parece que o ensino à distância veio para ficar. O Presidente da Federação Académica do Porto realçou a necessidade de se refletir acerca do novo método de ensino. Apelou ainda ao Governo um maior apoio aos estudantes.