Texto pivô:
Há lojas centenárias que resistem à crise no coração da cidade do Porto. Mesmo com declínio do número de barbearias tradicionais na Invicta, algumas barbearias como o Salão Veneza mantêm a mesma técnica artesanal de cortar o cabelo.
Entrevistado 1 (Pedro Almeida‐proprietário)
Eu estou aqui á vinte e sete anos. Antigamente estavamos seis a trabalhar aqui, agora é que estamos menos porque também há menos trabalho.
Voz off 1
Visto como uma forma de arte para os seus profissionais, as barbearias são cada vez mais raras. Situado entre o mítico Guarani e o não menos famoso Hotel Infante de Sagres, o Salão Veneza leva consigo as poltronas bordeaux com quase sete décadas de historia.
Entrevistado 2 (Pedro Almeida‐proprietário)
Trabalhei noutra barbearia mas foi ali em cima na Rua das Lamas. A nossa decoração continua a mesma, não foi alterado nada. As luzes é que não as mesmas porque antigamente eram redondas. Os clientes continuam a ser os mesmo velhos, os mais velhos é que já morreram.
Voz off 2
Mesmo com declínio do número de barbearias tradicionais no centro da cidade do Porto, algumas resistem ao tempo mantendo a mesma técnica artesanal de fazer a barba. O ambiente continua o mesmo de anos atrás, com cadeiras giratórias, salões espelhados, barbeiros de navalha em punho e toalhas quentes.
Entrevistado 3 (Pedro Almeida‐proprietário)
Sim, sentimos a crise, não sentimos tanto porque somos só dois, se fossemos cinco já sentiamos que já não dá para trabalhar aqui cinco.
Voz off 3
A crise bate a todas as portas. Dos cinco sócios do Salão Veneza, já só José e Pedro Almeida circulam por entre o passado de um lugar colado ao presente.
Reportagem: Daniela Laranja CCC
Edição e Imagem: Patrícia Garcia CAM