Texto pivô:
A Feira da Vandoma, com génese nos anos 70 e primeiramente localizada junto à Sé do Porto, partiu da iniciativa de jovens estudantes, que aos sábados de manhã, vendiam livros, roupas usadas e objetos de decoração. Mas Hoje a Vandoma está a abarrotar, a crise ressuscitou a feira nas Fontainhas e atualmente falta espaço para tantos vendedores.
Entrevistado 1:
Cada vez há mais vendedores, cada vez mais, vêm de todos os pontos do país.
Voz off 1:
Os preços são atrativos e mesmo assim, os clientes regateiam.
Entrevistado 2:
As pessoas às vezes até gostam do produto, perguntam o preço, mas marralham muito, marralhar é pechinchar.
Voz off 2:
Porquê a Vandoma?
Entrevistado 3:
Porque às vezes compra-se coisas agradáveis a bom preço.
Entrevistado 4:
Encontramos coisas mais personalizadas, por assim dizer e acaba por ser um preço mais baixo.
Voz off 3:
Tendo em conta a crise económica, acha que é uma boa alternativa aos centros comerciais?
Entrevistado 5:
Nem por isso, eu gosto mais dos tradicionais, das lojas tradicionais.
Entrevistado 6:
Sim, acho que é uma ótima alternativa, porque para além de que nos centros comerciais as coisas são muito caras, aqui, eu acho mesmo que uma pessoa consegue encontrar coisas, que se calhar até vão ter um significado mais simbólico, por exemplo, nesta altura do natal, porque já são coisas usadas, já são coisas em segunda mão, do que num shopping, que basicamente uma pessoa acaba por comprar sempre a mesma coisa, ou roupa, ou sapatos, ou qualquer coisa assim.
Voz off 4:
Que tipo de produtos procura nesta feira?
Entrevistado 7:
Mais produtos a nível de antiguidades.
Entrevistado 8:
Máquinas de furar, rebarbadoras e inconsumíveis.
Entrevistado 9:
Livros, muitos livros, aqui consegue-se encontrar livros, que se calhar, numa livraria, eles custam 15, 20 euros. Acabei de comprar um livro do António Lobo Antunes por dois euros.
Voz off 5:
Quem compra adquire a preços mais baixos peças que podem ser de marca e até nunca ter tido uso e quem vende, cria o próprio emprego sem precisar de investir muito no negócio.
Reportagem: Tânia Durães
Imagem e edição: Vítor Pinto