Texto Pivôt:
Com a crise, deu-se um aumento exponencial de vendas de raspadinhas por todo o país.
Voz-off 1
Com o agravar da crise, há cada vez mais portugueses a acreditar na sorte: nos primeiros noves meses deste ano, a venda de raspadinhas aumentou 80% face ao ano anterior, (revelou ao SOL fonte oficial da Santa Casa da Misericórdia.)
Entrevistado 1 - Sr. Manuel Simôes - dono da casa “Deus dá Sorte”
“O euro milhões caiu um bocadinho, mas a raspadinha subiu esplencialmente, isso não haja duvida, os dez mil euros que nós temos de plafom é totalmente esgotado, sexta sábado já não há raspadinha.”
Pergunta jornalista 1
Quanto está apostar agora?
Entrevistado 2 - Carlos Neves – Gestor
“Neste caso dois euros.”
Entrevistado 3 - António 21 anos - Pedro 19 - Nuno 22 – Estudantes
“Dois euros.”
Entrevistado 4 - Maria Afonso 67 anos – Reformada
“Sete.”
Entrevistado 4 - João Marinho 25 anos
“Sete euros.”
Entrevistada 6 - Ana Silva 35 anos – Desempregada
“Um euro.”
Pergunta jornalista 2
Saiu prêmio?
Entrevistado 4 - João Marinho 25 anos
“Não”
Entrevistada 6 - Ana Silva 35 anos – Desempregada
“Saiu um euro, saiu um euro, depois tornei apostar outro euro, a terceira vez dez euros, ahahahahahaaa.”
Entrevistado 3 - António 21 anos - Pedro 19 - Nuno 22 – Estudantes
“Saiu mesmo fora do bolso, ahahahaaa”.
Voz off 2
Num momento em que raspar cartões da sorte representa 20 por cento dos jogos da Santa Casa, uma nova raspadinha chega às casas de apostas: a Mini Pé-de-Meia, com o custo de um euro.
Entrevistado 7 – José Rodrigues - 65 anos – Funcionário da casa “Deus dá Sorte”
“A raspadinha praticamente é como uma casino, vão as maquinas, estão sempre a espera que saia, estão a gastar dinheiro, gastar dinheiro".
Entrevistado 8 - Sr. José Neivas, chefe de secção da “Casa da Sorte”
“É um jogo que disparou a venda, está está em alta, quinze euros, trinta euros, um euro, dois euros, um euro, um euro, dois euros, três euros”.
Voz off 3
Por apenas 1 euro os português habilitam-se ao prémio máximo de 10.000€ . Com 5 euros candidatam-se a 2.000eur/mensais durante 12 anos.
Entrevistado 1 - Sr. Manuel Simôes - dono da casa “Deus dá Sorte”
“Como não saiu numa, não saiu na segunda, não saiu na terceira mas ela quer jogar sempre seguido, só quando esgota o plafom no bolso é que a pessoa acaba por desistir e vai embora muitas vezes, ou com prêmio ou sem prêmio”.
Voz-off 4
O consumo das raspadinhas estende-se a todas as idades, desde jovens a idosos. Os Portugueses não deixam de confiar na sorte.