Texto-pivô: O distrito do Porto registou uma das maiores quebras de criminalidade, em Portugal. As participações dos crimes de violação agravaram-se em 42% e os crimes de burla informática caíram 38,5%. Na totalidade dos crimes participados, verificou-se uma quebra de 5,8% na criminalidade do distrito.
Voz-off1: O ano de 2021 terá sido um dos períodos em que as sirenes da polícia mais descansaram na cidade invicta. A sugestão é do relatório anual de segurança interna do governo, que registou menos 2900 participações de crime do que em 2020.
As dificuldades de prevenção tecnológica das pequenas empresas, continuam a expor os negócios a novas formas de apropriação de dados e lucros dos empresários.
Entrevistado 1: apenas queria um montante para resgate que era à volta, em bitcoins, era à volta de dois mil euros…
Voz-off 2: Os exemplos dados por casos mais mediáticos como a Vodafone, o Continente e os Laboratórios Germano de Sousa funcionam como alerta de prevenção junto do setor empresarial.
Entrevistado 2: Como já tivemos aqui grandes empresas, no distrito do Porto, que foram atacadas, sente-se que as pequenas empresas começam a ter medo e apostam mais em ferramentas que possam não comprometê-las tanto.
Voz-off 3: Uma aposta que é combatida pelos especialistas que invadem os sistemas das empresas e transformam o crime num processo cada vez mais silencioso.
Entrevistado 3: Há maior prevenção por parte das empresas, e ao mesmo tempo temos muita sofisticação na pirataria, o que acaba por haver mais roubo da informação não visível.
Voz-off 4: As dificuldades de rastreamento dos responsáveis pelos crimes de burla informática põem em causa as relações dos cidadãos com as forças de segurança.
Entrevistado 4: segui os passos que devia ter seguido, mas ninguém conseguiu ajudar, nem resolver.
Voz-off 5: Em sentido contrário, o crime de violação registou uma subida acentuada no norte do País. No Porto, foi participada uma violação por semana, nas esquadras de polícia. A intolerância a estes comportamentos ilegítimos, pode estar na origem dos resultados apresentados.
Entrevistado 5: Estamos a investir cada vez mais em campanhas de sensibilização e alerta das comunidades, porque o nosso objetivo aqui é, mais do que haver uma responsabilidade de um sistema e porque o sistema somos todos nós, é todos nós, enquanto comunidade, estarmos mais atentos, estarmos mais despertos.
Voz-off 6: O período de confinamento também pode ter evidenciado uma característica do crime de violação, que não tinha um peso tão relevante nos dados estatísticos. Menos pessoas na rua, não significa necessariamente, menos participações do crime de violação.
Entrevistado 6: porque estamos num contexto doméstico e neste contexto doméstico, inclusive nos relacionamentos amorosos ou nos relacionamentos conjugais, os crimes de violação podem ocorrer.
Voz-off 7: Em Portugal, a criminalidade violenta baixou 6,9%, mas o número de participações de crime aumentou 0,9%. O país perdeu assim o pódio na lista de países mais seguros do mundo. Foi ultrapassado pela Dinamarca.
[Reportagem de Guilherme Caroço e Tiago Oliveira]