Texto pivô: As beatas de cigarro que não vão parar ao cinzeiro têm agora um novo sítio. O Museu da Beata regista locais insólitos onde algumas pontas de cigarro acabam por parar.
Voz off 1: Encontra-se no Instagram o novo Museu da Beata. O propósito é ironizar a criatividade daqueles que deitam fora as beatas de cigarro nos lugares mais inusitados. A ideia é simples. Encontrar beatas descartadas que se pareçam com obras de arte. identificando-as posteriormente com placas provocativas. Qualquer pessoa pode participar no museu. No final, limpa-se o local. Depois da lei de 2019 que proíbe o descarte, em espaço público, de pontas de cigarros, os fumadores começam a ter mais cuidado.
Vivo 1: Gradualmente fui tendo o hábito ou de apagar bem o cigarro e deitar no caixote do lixo, ou nos cinzeiros, obviamente, ou então, quando não tenho outra solução, deito nas sarjetas.
Vivo 2: Quando não tenho cinzeiro ou quando não tenho como colocar, procuro uma sarjeta.
Voz off 2: Os fumadores de tabaco aquecido já começam a ter também o cuidado ao descartar o cigarro.
Vivo 3: Tenho por hábito colocar a beata no maço, para que não haja, então, beatas no chão.
Vivo 4: Normalmente guardo as beatas na minha carteira e depois deito ao lixo, para não poluir o ambiente.
Voz off 3: De acordo com a Ocean Conservancy, as beatas de cigarro representam 13% do lixo mundial. Um terço desse lixo que vai parar aos oceanos são beatas. O objetivo do Museu da Beata passa por ajudar a preservar o meio ambiente e contribuir para que todas as beatas acabem no cinzeiro.
(Reportagem por Diana Loureiro e Diogo de Sousa)