Texto pivô: A nova fase de desconfinamento confirmou a reabertura dos teatros e dos cinemas. Três meses depois, este setor da cultura volta ao ativo.

Voz off 1: O Teatro Sá da Bandeira no Porto encontra-se já a trabalhar dentro das normas de segurança estabelecidas.

Entrevistado 1: Com redução de lotação, reduções de horários e isso implica muito constrangimento, tanto na programação como no planeamento de novas temporadas de teatro. Já vamos ter uns espetáculos de stand up com o Hugo Sousa, já no dia 13 e 14. Estamos já a negociar outras peças, ainda para maio. 

Voz off 2: Subindo os Aliados, chega-se ao Cinema Trindade. Com sessões a decorrer e outras perto de começar. O programa é ajustado às limitações.

Entrevistado 2: O encerramento das salas, no caso concreto do Trindade, foi um forte revés até porque nós quando encerramos estávamos com uma dinâmica interessantíssima, isto ainda no primeiro confinamento.

Voz off 3: A afluência é contida. Mas algumas pessoas confessam o entusiasmo de voltar a entrar nas salas. 

Entrevistado 3: Ver a Última Rodada, o The Last Round, de Thomas Vinterberg. Agora com a nova reabertura, eu adorei. Já não vinha há muito tempo ao cinema e foi um grande filme e gostei muito.

Entrevistado 2: Vivemos muito da fidelidade do nosso público, associada muito à questão do cartão tripasse. E portanto isso cria alguns problemas, problemas de regularidade, a questão dos hábitos das pessoas, voltar a retomar esse hábito de ir ao cinema. 

Voz off 4: Seja no palco ou numa tela, confia-se num regresso breve à normalidade. 

[Reportagem de Beatriz Santos e Diana Fonseca]

Texto Pivô: Com o recomeço das aulas presenciais, o bar da Teresa na Universidade Lusófona do Porto volta ao ativo. Atrair os estudantes tem sido um desafio.

Voz off 1: A localização do bar é uma mais valia para quem tem pouco tempo de almoço.

Entrevistado 1: Eu como tenho pouco tempo para almoçar vou ao bar da lusófona porque dá-me mais jeito.

Entrevistada 2: Quando tenho aulas de manhã e de tarde costumo ir ao bar porque a comida é boa e os preços são acessíveis.

Voz off 2: O número de almoços vendidos tem sido um problema constante.

Entrevistado 3: Só na sexta feira só para termos a noção vendemos três almoços, em comparação a esta sexta já foi bem melhor. É sempre incerto tentamos fazer menos doses de comida trabalhar mais à base de grelhados, um bife grelhado, um bifinho de frango, uma alheira assim nesses pratos que tem mais procura.

Voz off 3: A falta de aulas presenciais é um dos fatores que mais tem prejudicado o bar. 

Entrevistada 4: Eu costumava vir ao bar mas agora como tenho poucas aulas presenciais acabo por não vir.

Entrevistado 5: Com a pandemia opto por trazer comida de casa para evitar gastos desnecessários.

Voz off 4: Com 7 anos de serviço, 2021 está a ser o ano mais complicado.

[Reportagem de André Silva e Miguel Valdoleiros]

Texto Pivot: A pandemia veio provocar adaptações na prática de exercício físico. Muita gente optou por iniciar os treinos no domicílio.

Voz Off 1: Na primeira vaga pandémica, os ginásios fecharam por causa das medidas de saúde pública.

Rafael Loureiro, jovem de 20 anos, costumava ir ao ginásio, mas por força da pandemia, decidiu criar o próprio espaço de treino.

Rafael Loureiro: Tive que recorrer a comprar material e decidi vir para aqui porque eu não achava que os ginásios fossem seguros. Esse foi o principal motivo. Mesmo que as estatísticas não demonstrem que existe grande contágio nos ginásios, eu simplesmente não me sinto seguro lá. Então prefiro ficar aqui mesmo.

Voz Off 2: Carolina Garcia, de 21 anos, não praticava desporto. Durante o confinamento, começou a treinar online.

Carolina Garcia: Antes da pandemia não costumava treinar, porque era um inconveniente para mim deslocar-me até ao ginásio. Por isso a pandemia, no fundo, em relação aos treinos, trouxe-me algo positivo, porque permitiu-me fazer treinos sem sair de casa por serem online.

Filipe Araújo: Sem dúvida que é uma vantagem, principalmente para as pessoas que se sentem inseguras no ginásio, que têm medo de serem contagiadas por outras.

Voz Off 3: Os treinos online também podem trazer desvantagens. Filipe Araújo, Personal Trainer, explica em que medida os treinos online podem não ser tão benéficos.

Filipe Araújo: Sente-se a falta das cargas, das máquinas, dos pesos mais elevados que não conseguimos levar para casa. Assim como as correções, corrigir exercícios e apresentar exercícios novos é mais difícil porque é visualmente, através de vídeo.

Reportagem de Diogo Araújo e Francisco Moreira

Texto pivô: Depois de cinco meses encerrados devido ao confinamento e às obras de melhoramento, a Torre e o Museu dos Clérigos preparam-se para voltar a receber visitantes a partir de maio.

Voz Off 1: A Torre dos Clérigos encerrou em Dezembro de 2020 para obras de melhoramento dos espaços e circuitos de visita.

Entrevistado 1: O caminho até lá acima pode ser um bocado árduo, mas a vista compensa, sem dúvida.

Voz Off 2: O espaço deverá reabrir em Maio. Uma das maiores mudanças foi a construção de uma escadaria em ferro para melhorar o acesso à parte superior da Torre.

Entrevistado 2: De facto as escadas eram muito estreitas e às vezes tornava-se um pouco difícil a passagem em ambos os sentidos, portanto acho que seria uma vantagem claro.

Entrevistado 3: Eu já fui há algum tempo, há muito tempo, mas sim é necessário.

Voz Off 3: O monumento agora oferece ao público maior conforto, segurança e qualidade na experiência de visita. Ainda há também novos conteúdos para explorar.

Entrevistado 4: Acho que era interessante ver as novas remodelações.

Entrevistado 5: Eu nunca visitei, mas gostava muito de visitar.

Entrevistado 6: Já falamos em um dia ir lá, por acaso, mas mais lá para o verão.

Voz Off 4: Até ao final de Abril, estão disponíveis os bilhetes “Bye Bye Covid”. Cada bilhete custa 6€ e, na compra de dois, um é oferecido; são válidos para visitas até 31 de Dezembro de 2021.

Reportagem de Ana Luísa Capelo, Inês Gonçalves e Maria João Pereira.