Texto pivô: A extinção do SEF já é oficial. Os antigos inspetores estão em protestos.

Voz Off 1: É oficial. O SEF vai passar a chamar-se Serviço de Estrangeiros e Asilo. O ministro da Administração Interna avançou que os inspetores vão ter de integrar as outras forças policiais.

Entrevista 1: Passarão para a PSP, GNR ou para Polícia Judiciária. Portanto aquilo que são pessoas da carreira de inspeção beneficiarão desta dimensão de escala de estarem inseridas em forças com uma dimensão diferente.

Voz off 2: No entanto a decisão não foi bem aceite pelos trabalhadores. Acreditam que a reestruturação do SEF trará consequências negativas.

Entrevista 2: Uma vida pior para os inspetores do SEF, uma vida pior para os serviços administrativos do SEF e uma vida pior para os imigrantes do nosso país.

Voz off 3: O presidente do sindicato, Acácio Pereira, considera que esta matéria deveria ser decidida na Assembleia da República.

Entrevista 3: A reestruturação do SEF, da maneira que foi anunciada pelo Governo é completamente absurda. Estamos a falar de um ministro em desnorte que para salvar a sua imagem política faz uma fuga para a frente. 

Voz Off 4: Eduardo Cabrita já anunciou que a reforma irá avançar ao longo deste ano. A grande função será o apoio aos imigrantes e refugiados que vivem em Portugal.

Reportagem de Lourenço Hecker e Sara Silva

Pivô: Esta segunda-feira inicia-se a terceira fase de desconfinamento. Milhares de alunos do ensino secundário e do ensino superior regressam ao regime presencial.

Voz Off 1: Em todo o país as escolas e as universidades abriram portas. Tudo foi programado para garantir a segurança de docentes e estudantes.

Entrevistado 1: Eles têm cumprido todas as regras. De facto, não temos um único teste positivo, em relação aos alunos. E estamos contentes e sobretudo porque vamos ter novamente a escola a funcionar normalmente.

Voz Off 2: Nas universidades estão planeados testes rápidos para toda a comunidade académica.  

Entrevistado 2: Nós durante os próximos largos dias, duas três semanas, vamos testar mais de mil pessoas diariamente, que corresponde sensivelmente à nossa comunidade académica toda. 

Voz Off 3: Cada instituição está encarregue de realizar um método curricular. Na Universidade do Porto a aposta é o ensino misto.

Entrevistado 3: Cada faculdade terá o seu regime porque também o tipo de ensino é diferente de faculdade para faculdade. Mas, basicamente todas as aulas teóricas são feitas à distância e as aulas práticas são feitas presencialmente. 

Voz off 4: Os alunos estão entusiasmados apesar de ser um regresso calculoso.

[Reportagem de Beatriz Santos e Diana Fonseca]

 Texto-pivô: O sector do turismo caiu 91 por cento em fevereiro. Foi o terceiro pior mês de sempre desde o início da pandemia.

Voz Off 1: A confederação do Turismo revela que o setor já perdeu 45 mil postos de trabalho e lamentam a falta de apoios do governo.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a quebra nas receitas turísticas atinge o Algarve, que em fevereiro registou valores de menos 94%.

Carlos Viegas (Diretor Hoteleiro): Há 50 anos que estou aqui neste hotel e nunca me passaria pela cabeça o que aconteceu no ano passado e muito menos este ano.

Francisco Calheiros (Presidente da Confederação Turismo): No ano passado, nós regressamos a números de 1993. O fevereiro deste ano, equivaleu ao fevereiro de 1974, andamos 50 anos para trás.

Voz Off 2: 62% dos alojamentos turísticos estiveram encerrados ou não registaram qualquer movimento de hóspedes. 

O INE fez recentemente um balanço de um ano de pandemia, onde sublinha as consequências negativas na atividade turística nacional.

Francisco Calheiros (Presidente da Confederação Turismo): Neste momento, é completamente transversal, as empresas que perderam atividade durante mais de um ano, estão com as tesourarias completamente a zero. E Portanto, o governo neste momento, tem de se chegar mais a frente claramente em linguagem popular porque as medidas não chegam as que estão.

 Voz Off 3: Com as viagens condicionadas e os espaços turísticos fechados, o setor tem sido um dos mais afetados.

Se antes o objetivo era expandir os negócios, agora é lutar para que se mantenham abertos.

Reportagem de Ana Cláudia Fernandes e Vanessa Sousa

Texto pivô: Portugal entrou hoje na terceira fase de desconfinamento. A manhã foi de filas nos centros comerciais.

Voz off 1: Quase três meses depois as lojas voltam a abrir. As primeiras horas estão a ser marcadas por filas e alguma preocupação.

Entrevistado 1: Já tinha saudades, mas acho que ainda não me sinto muito à vontade, ainda não me sinto assim muito à vontade... mas venho!

Entrevistado 2: É um bocado estranho porque está muita gente. Nestes tempos tentamos afastarmo-nos um bocadinho porque está tudo fechado. Mas, sente-se seguro no sentido em que há muito espaço, pelo menos aqui neste centro comercial.

Voz off 2: No Porto, no Marshopping, o número de pessoas atingiu os 2000. Não foi fácil manter o distanciamento.

Entrevistado 3: Vim porque infelizmente o IKEA tem muitas coisas que nós não encontramos noutros sítios. Inclusive há colchões e eu vim à procura de um colchão que é uma coisa que tem de se experimentar.

Voz off 3: Apesar das medidas de segurança garantidas, a reabertura dos centros comerciais ainda tem exceções. Durante a semana as lojas podem funcionar até às 21horas. Ao fim de semana a ordem de encerramento permanece até à uma da tarde.

Reportagem de Maria João Leal Pereira e Marta Bacelar