Texto-pivô: Conhecido pelo segundo maior desastre nuclear, ainda são notórias as marcas da destruição que o violento sismo e tsunami deixaram na cidade de Fukushima.
Voz off 1: Mais de vinte e duas mil mortes, trezentos e quarenta e dois mil desalojados e oitenta e duas mil casas destruídas. Yasuo, um sobrevivente de Fukushima, ainda não perdeu a esperança de encontrar o corpo da esposa, vítima de um dos maiores desastres da história.
Yasuo Takamatsu: Quando a procuro, durante os mergulhos, é como ir vê-la, como se estivesse por perto.
Voz off 2: Há dez anos, no dia 11 de março 2011, o mundo ficou a conhecer a cidade de Fukushima. Depois de um violento sismo, com magnitude de nove ponto zero, e pouco tempo depois, por um gigantesco tsunami, terem afetado a costa nordeste do território japonês.
Três dos seis reatores da Central, colapsaram, provocando uma fuga radioativa.
Yasuo Takamatsu: Nós procuramos, mas ainda não encontrei indícios da minha mulher. Na última mensagem que ela me enviou dizia assim: “Quero ir para casa.” Disse precisamente: “Estás bem? Quero ir para casa.” Estou certo de que ainda quer vir para casa.
Voz off 3: Passado uma década e ainda a realizarem-se as operações de limpeza e desmantelamento há quem arrisque a vida para ir visitar o que resta casa e dos destroços causados.
Testemunha: Tenho quase 70 anos, por isso acho que não é possível para mim viver aqui. Não há condições para viver aqui.
Voz off 4: Alguns familiares ainda têm a esperança de encontrarem aqueles que foram levados, por um dos maiores desastres nucleares registados no mundo.
Reportagem de Ana Cláudia Fernandes e Vanessa Sousa