Texto Pivot: Com a chegada da Covid-19 o número de pessoas em situação de pobreza vai aumentar numa escala global, segundo as previsões do Banco Mundial, no ano de 2021 serão 150 milhões, é nesta realidade que as organizações não gvernamentais entram e ocupam o seu lugar.
Voz off 1: Ouvem-se as cinco badaladas, o sino marca a hora que muitos esperam. É na Paroquia do Marques no Porto, que a Associação Porta Solidária começa a distribuir refeições.
Entrevistdo 1: O número de pessoas que procuram comida aumentou imenso. Em 2020 nós servimos 134 500 refeições mas também aumentaram os voluntários, portanto estamos a funcionar com dois grupos de voluntários e também aumentaram muito as ofertas.
Voz off 2: Desde os mais novos aos mais velhos, na cozinha há sempre quem ajude.
Entrevistado 2: Em 2009 nós servíamos as pessoas sentadas nas mesas, em tabuleiros e elas estavam aqui, sentavam-se tinham oportunidade de conversar quer connosco quer entre elas. Tinham loiça própria, tinham uma organização que as trazia para dentro, para comerem abrigadas. Com a pandemia tivemos que modificar esse funcionamento, tivemos que recorrer ao plástico por muito que não queiramos não há outra solução e aumentou muito o número de pessoas, de 150 que tinhamos antes em média já chegamos aos 600.
Para trabalhar aqui basta mandar um e-mail para a paróquia e manifestar a disponibilidade, depois nós vamos colocando à medida que aparecem as vagas dos turnos.
Voz off 3: Para Flávio o dinheiro não chega.
Entrevistado 3: Quem tiver com o rendimento minimo ou uma pessoa reformada, a pagar água luz e renda ou o quarto e tudo o dinheiro vai, e às vezes nem chega. O que nos safa é vir comer aqui às carrinhas ou as instituições. Eu sou sincero, comida e roupa e calçado não falta na cidade do Porto.
Voz off 4: As dificuldades são muitas e das cinco às oito as portas da Igreja estão abertas todos os dias para ajudar quem mais precisa.
Reportagem de Ana Pascoal e Maria Bessa.