Pivô: Nos últimos anos, o turismo contribuiu para uma transformação na Ribeira do Porto. O espaço acolhe, agora, sons e cores que lhe dão uma nova identidade.
Voz off 1: Há 13 anos, Abdelkader visitou portugal e encantou-se pelo porto. Dessa paixão pela cidade nasce o salão de chá Sahara, na Ribeira.
Entrevistado 1: Eu amo Portugal e decidi abrir um estabelecimento que faça uma grande ligação cultural e histórica entre os dois países: Marrocos e Portugal. Portanto, a minha ideia foi sempre encaixar a decoração marroquina com a arquitetura portuguesa e deu este estabelecimento que está aberto há 13 anos.
Voz off 2: Os bares e restaurantes da Ribeira empregam muitos jovens, que não encontrando emprego nas suas áreas de formação, vêem na restauração uma saída.
Entrevistado 2: Estou em Portugal há 7 anos, trabalho aqui na Ribeira há meio ano. Gosto de trabalhar na Ribeira porque conhecemos várias pessoas e aprendemos várias linguas também. Damos-nos mais com turistas de qualquer parte do mundo porque o restaurante tem parceria com vários hóteis aqui no Porto.
Voz off 3: Mas nem so de emigrantes se faz a nova ribeira. Entre diferentes sotaques, ouve-se ainda a voz daqueles que cresceram por aqui. Sérgio Castro tem 34 anos e é gerente do restaurante bacalhau .
Entrevistado 3: Nós iamos lá para o fundo, para os baldes à beira do cubo. Mas era só mesmo isso, não podiamos ir para mais lado nenhum. E mesmo aí, era muito perigoso. Não era nada do que é hoje. A Ribeira era um nicho mesmo muito pequeno de pessoas da Ribeira. Não era muito aberta às pessoas exteriores. Era perigroso para quem era de fora. Para quem vinha de dentro não era minimamente. Era uma familia nossa, a Ribeira sempre foi vista como uma família.
Vivo: A nova ribeira reúne, em si, uma diversidade de gente que chega e vai ficando. Um local com história , mas também com espaço para novas tradições e costumes. Diogo Rodrigues, Claudia Carvalho e Soraya Évora, para a Universidade Lusófona do Porto.