Blog dedicado à unidade curricular de Jornalismo Televisivo da Universidade Lusófona do Porto

Quarta-feira, 15 de Maio de 2019

TEXTO-PIVÔ: Ser conservador/restaurador precisa de habilidade e experiência. O papel fundamental é o de preservar o património cultural. Sem qualquer lei que os conserve, ainda há muito para restaurar nesta profissão.

VOZ OFF: É com arte e engenho que a Dalmática em Lousada, faz a conservação e restauro de património religioso. O estado das peças e a falta de manutenção é o maior inimigo dos restauradores.

ENTREVISTADO 1: O nosso património infelizmente encontra-se bastante degradado e a manutenção que tem que ser realizada normalmente não é feita. Então chega-nos às mãos peças com bastantes problemas.

ENTREVISTADO 1: Esta fase que tem estas partes brancas é a aplicação de massas. É a reintegração volumétrica.

VOZ OFF: A ausência de legislação leva ao aparecimento de mão de obra não qualificada. O resultado é a falta de qualidade na restauração de arte sacra.

ENTREVISTADO 1: A nossa profissão não tem o reconhecimento devido. Porque infelizmente ainda há muitas pessoas que realizam o nosso trabalho sem saber o que estão a fazer e sem qualquer tipo de formação. E isso para nós é uma dificuldade tremenda.

ENTREVISTADO 2: Muitas vezes isto implica na qualidade dos próprios trabalhos e vemos infelizmente, hoje em dia e se calhar mais até do que há um tempo atrás, vemos trabalho muito mal feito no mercado e depois condiciona também as nossas intervenções.

VOZ OFF: Após o sucesso do trabalho feito na Catedral do Panamá, A Dalmática procura novamente peças fora de Portugal. Resta apenas saber qual será a próxima obra de arte destes conservadores.

publicado por Vicente Garim às 16:15

Sem dados concretos sobre os casos de Autismo em Portugal, estima-se que o número ronde o um caso por cada 100 crianças. A associação Vencer o Autismo, apoiada pelo programa Portugal 2020, viaja por todo o país a capacitar a comunidade na compreensão das características do autismo.

VOZ OFF: A Vencer Autismo tem vindo a desenvolver um trabalho no sentido de consciencializar mais as pessoas sobre o autismo e os números de participantes aumentam a cada dia que passa.

ENTREVISTADO 1: Depois de eu e o meu marido termos feito uma formação nos EUA, tomamos conhecimento de uma metodologia que ajudou muito a nossa filha. Uma metodologia diferente do que existia. A minha revolta foi que ninguém me tinha falado disto até agora. Criamos a Vencer Autismo no intuito de partilharmos a informação que tínhamos e partilhar com outros pais.

VOZ OFF: Diogo Lamela é psicólogo especializado em crianças e jovens. Lidar com o autismo é um dos seus desafios profissionais.

ENTREVISTADO 2: São crianças que a forma como percecionam a interação com o outro e a utilização da linguagem verbal e não verbal parece que é atípica.

VOZ OFF: As manifestações de autismo numa criança podem ser vários.

ENTREVISTADO 2: Há um padrão de estereotipias e atividades e comportamentos repetitivos que caracterizam grande parte do funcionamento comportamental destes jovens.

VOZ OFF: Estarão os profissionais que contactam com estas crianças preparados?

ENTREVISTADO 2: Estamos a falar de uma condição neurodesenvolvimental exigente, multicausal com múltiplas consequências que requer quase obrigatório, uma formação especializada para além da formação graduada nos bancos da faculdade. ENTREVISTADO 1: Não. Não estão preparados e eles próprios reconhecem isso.Há falta de recursos, há falta de formação, as pessoas não estão preparadas. Não sabem como lidar.

publicado por Patrícia Sofia Pereira às 15:27

TEXTO-PIVÔ: O povo voltou a sair à rua no dia 25 de abril. No Porto a manifestação aconteceu no Museu Militar.

VOZ-OFF 1: A revolução dos cravos faz 45 anos. A liberdade foi conquistada, mas aqueles que saem à rua neste dia acreditam que muitos são os motivos para se continuar a lutar.

ENTREVISTADO 1 (RUI TEIXEIRA): Acho que é preciso continuarmos o caminho que começámos com abril de reforço do estado social e de proteção da vida e da dignidade das pessoas.

ENTREVISTADO 2 (EDUARDO COUTO): Os governos da direita, e alguns com saudades do tempo do fascismo, voltaram a implementar as propinas e é preciso acabar com elas, é uma das lutas que ficou por conquistar.

VOZ-OFF 2: Neste dia de luta e celebração, receia-se que as gerações mais jovens venham a esquecer-se do que o 25 de abril significou, e ainda significa.

ENTREVISTADO 3 (FERNANDO SILVA): Tenho pena que esta data passe, para muitos jovens, quase despercebida, e que não [lhe] dêem o devido valor. Basta recordarmos que nós estarmos a fazer isto que estamos a fazer, neste preciso momento, com este à-vontade a 100%, deve-se precisamente ao 25 de abril.

VOZ-OFF 3: O que é certo é que nem a chuva conseguiu travar a marcha do povo.

(CÂNTICO): O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola vila morena.

Daniel Dias e Susana Oliveira.

publicado por Daniel Dias | Eduardo Costa | João Rocha às 15:23

Texto Pivô: No passado domingo celebrou-se o evento internacional de dança e arte urbana. O Hard Club do Porto encheu-se de cor e de ritmo.

 

 

Voz-off 1: O World Battle existe há 3 anos na cidade do Porto. E reúne dançarinos de diferentes partes do mundo.

Vivo entrevistado 1 (organizador): Sim o Porto sem dúvida que é uma cidade de dança e cada vez vai ser mais.

Vivo entrevistado 2 (bailarino):

A experiência é esmagadora.

Nunca tinha estado no Porto, aqui só no Porto, as pessoas, a cultura é completamente diferente à Londres. É Hip-Hop. É só amor, pessoas conectadas, positivismo, a energia, o ambiente é genial.

Voz off 2: Apesar de falarem em diferentes línguas há uma que é universal: a dança.

Vivo entrevistado 3 (bailarino): Para além daquilo que é o trabalho é a diversão que eu tenho e a felicidade que eu tenho quando estou a dançar.

Vivo entrevistado 4 (bailarino):

 A dança ajuda-me a comunicar com pessoas diferentes.

Se não pudesse dançar não conseguiria ver vocês as duas, não podia ter visto ninguém. Assim, que a dança para mim significa muito.

Vivo entrevistada 5 (bailarina):

A dança para mim é a minha vida, danço a todas as horas.

 Voz off 3:

As imagens corporais que formam não deixam ninguém indiferente.

E conseguem atrair pessoas de todas as idades.

 Vivo entrevistado 6 (Público): É só porque adoramos isto mesmo. Porque as miúdas adoram também. É energia muita, muita, muita energia. É incrível.

Vivo entrevistado 7 (Bailarino): A World Battle é o melhor evento do género em Portugal.

 Vivo entrevistado 8 (Organizador): Como toda a gente conhece este evento a nível mundial é muito gratificante para um bailarino ganhar este evento. Mas nós oferecemos dinheiro aos vencedores.

 Vivo entrevistado 9 (Bailarino): Shaadow irmão! Vem aqui! Acabo de ganhar a batalha! Ganhei a batalha!

 

 

 

 

publicado por Agustina Uhrig Raquel Batista às 15:03

Texto pivô: O bolinhol é o doce tradicional de Vizela há 140 anos. A Casa fundadora da receita original tem vindo a fazer história há mais de 4 gerações.

Voz off1: Pães de ló há muitos, mas não é menos verdade que uns são mais famosos que outros. É o caso do bolinhol ou também conhecido como delícia de pão de ló coberto de Vizela.

Entrevistado 1: É tradicional de Vizela e eu admiro muito o bolinhol. É um doce que eu gosto e gosto muito de vir aqui, especialmente à Pão de ló Delícia.

Voz off2: Do fabrico à venda são vários os processos que levam ao sucesso deste doce.

Entrevistado 2: Penso que o que diferencia são dois pormenores aqui desta casa, que é aquele forno que temos aqui e os batedores nos quais são batidos os ovos e os ingredientes.

Voz off3: O ano de 1880 pode ser considerado o ponto de partida, mas em 2019, este é ainda o doce tradicional da região.

Entrevistado 3: A ideia vem da minha trisavó que tinha jeito para os doces e que na altura suspeita-se que tenha sido para agradar os turistas que vinham cá para as termas. 

Voz off 4: O bolinhol passou à fase seguinte no concurso 7 Maravilhas Doces de Portugal. A Câmara Municipal de Vizela espera que o valor do doce tradicional seja devidamente valorizado com a participação no concurso. ​

publicado por Mara Craveiro às 14:30

Texto Pivô: Pinto Lopes é um dos treinadores mais emblemáticos do boxe português. Já formou 116 campeões nacionais e 6 mundiais. Atualmente treina João Ramos, vencedor da Taça de Portugal, na Escola de Boxe Pinto Lopes.

 

Voz Off: O boxe é muito mais que um desporto. Quando a vida encosta às cordas, ajuda a contra-atacar.

Voz Off: Pinto Lopes é uma das principais figuras do boxe nacional. Ao todo, formou 116 campeões nacionais e 6 mundiais. 

Vivo 1: O boxe entrou na minha vida aos 12 anos de idade, comecei a ser treinador aos 22 anos e meti o boxe na Angola, que não havia quando lá cheguei. Fui fazer serviço militar obrigatório para a Angola, montei o boxe em Angola e fui treinador do Futebol Clube de Luanda e treinador dos paraquedistas.

Voz Off: João Ramos é atleta de Pinto Lopes e é o vencedor da última edição da Taça de Portugal. Aspira agora, enquanto profissional, a conquista do campeonato nacional.

Vivo 2: Comecei a praticar boxe, comecei a gostar e pronto, começou a partir daí e até agora, até hoje, para mim é a melhor coisa que faço... e gosto disto!

Voz Off: Pinto Lopes está sempre atento aos seus atletas. O boxe ensina a defender dos vários golpes da vida.

Vivo 2: O boxe é bastante importante porque... principlamente pela parte psicológica porque no boxe é preciso ultrapassar várias barreiras e na vida ainda mais, então o boxe prepara de certa forma qualquer pessoa para muitas coisas da vida que acontecem e vão acontecendo a toda a gente. 

Vivo 1: Pois é claro, porque o boxe é uma escola de sacrifícios. Sem sacrifícios nada se consegue, tem que se sacrificar muito para conseguir os objetivos e isso transfere-se para a vida pessoal, portanto, conseguir tudo com sacrifício.

Voz Off: Com 58 anos de carreira, Pinto Lopes revela o segredo para ser um treinador bem sucedido.

Vivo 1: Com muito empenho, com muito empenho e com muito amor ao boxe, só com empenho, só com sacrifício é que se conseguem as coisas... de outra maneira não se consegue.

 

publicado por Eduardo Costa às 14:21

Pivô: Os bombeiros de Lousada organizaram, pela primeira vez, um torneio de futsal entre corporações da Zona Norte. Os jogos decorreram durante 24 horas.

Voz off 1: Trocaram as botas pelas sapatilhas. 24 horas fora do quartel dedicadas ao futsal.

Vivo 1: É a única oportunidade que nós temos de conviver entre bombeiros que não seja em operações de socorro. Então isto faz-nos bastante bem, conviver fora desses teatros de operações, que para nós, alguns são traumáticos.

Voz off 2: Aqueles que diariamente salvam vidas, esperam aqui o apoio dos adeptos.

Vivo 2: Apoio a equipa do Lousada, como se diz “Aqui somos o sexto elemento da equipa” acho que é a força que eles necessitam para marcar mais um.

Voz off 3: Com a participação de 8 corporações da Zona Norte… esta foi a primeira edição na vila de Lousada.

Vivo 3: Nós aqui em Lousada também temos uma equipa costumamos ir a vários torneios, sempre torneios fora. Nunca organizamos nenhum e então surgiu a ideia tentarmos fazer um. Para Lousada também ser um bocado reconhecido.

Voz off 4: Um momento de lazer e convivo, antes da época de fogos que se aproxima.

Realizado por : Ana Patrício, Luisa Vale e Patrícia Dias.

publicado por Patrícia Dias às 13:25

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