Texto pivô: Nem todas as mesas de natal têm bacalhau. Fomos até castelo branco conhecer uma família santomense e cabo-verdiana que no natal relembra a sua terra através de um prato tradicional, o Calulu.
Vivo jornalista: feitas as malas vamos então agora partir para castelo branco.
Off jornalista: No dia 25 de dezembro em castelo branco a tarefas começam logo pela manhã.
Voz off entrevistado: muito difícil, aqui em Portugal é muito difícil porque não temos as folhas e coisas e os condimentos os legumes todos que nos pomos no calulu em são Tomé, aqui é muito difícil, mas lá calulu é um prato para os pobres, qualquer pessoa faz calulu porque tem horta, vai buscar tudo na horta, tem óleo de palma, o peixe lá é barato aqui não, aqui não temos peixe fumado, não temos folhas, não temos nada aqui para fazer um prato de calulu como deve ser.
Vivo entrevistado: aqui? É folha de makequê, pau pimenta ossame, folha mesquito, folha de múçua, óleo de palma, frita pão, é tudo difícil de encontrar. Aqui nos temos quiabo, encontra-se quiabo, beringela, mas o resto das coisas não. Mandar vir de são Tomé ou em Lisboa por exemplo procurar uma das casas africanas onde podes encontrar as coisas, mas é muito caro.
Voz-off jornalista: o único ingrediente que pode ser facilmente encontrado em Portugal é as couves. Depois de preparadas leva-se ao lume por mais algumas horas. Depois é so aproveitar o prato em família.
O Porto quer entrar em 2018 com o pé direito. Depois do fogo de artifício, fomos à rua das Flores saber quais os sonhos daqueles que vivem na cidade invicta para o ano que agora começa.
Voz off Depois das 12 passas, do champanhe e do bolo rei, os habitantes da cidade do Porto voltaram ao trabalho. Fomos até à rua das Flores descobrir quais as expectativas para 2018
Vivo Entrevistado 1 Saúde, Felicidade e Paz no Mundo
Voz off. Que memórias ficaram do ano que passou?
Vivo Entrevistado 2 Foi um ano muito grande, muito intenso com muitas realizações
Voz off Algumas memórias foram positivas e deixaram os habitantes da cidade do Porto bastante satisfeitos
Vivo Entrevistado 3 Ter saúde, ter trabalho para mim, é positivo isso tudo
Vivo entrevistado 4 Talvez o nascimento do meu sobrinho
Voz Off Outras memórias nem tanto e as pessoas querem esquecer
Vivo Entrevistado 5 Muito trabalho, muito stress, mas também tiveram bastantes alegrias
Vivo Entrevistado 6 Trabalho, um bocado de escassez no trabalho, era mesmo disso que precisava
Voz off Para 2018 pretende-se que seja um ano de sonhos e novas conquistas
Vivo entrevistado 7 os meus desejos são escolher um tema para o meu mestrado e estudar bastante.
Voz off Um 2018 que se pretende que traga um futuro risonho não só para os habitantes da cidade do Porto como também para as pessoas que vivem por esse país fora.
Começa hoje a segunda jornada dos “Cafés filosóficos”, uma iniciativa de Tiago Carneiro. Este projeto decorre há dois anos, contando com mais de 300 encontros na cidade do Porto e tem como principal objetivo incentivar o pensamento.
Voz off: Das Ciências Sociais, do Direito e das Engenharias diretamente para a filosofia. Rui Lopes, Tomás Carneiro e Tiago Sousa são as três caras à frente do projeto “Maratona Filosófica”, que apresenta hoje a sua segunda edição. Após mais de 300 encontros e muito sucesso, esta maratona inicia-se já com algumas diferenças.
Vivo Entrevistado 1: O balanço da primeira maratona foi muito bom, foi uma experiência por um lado traumatizante, porque estivemos 14 horas, quase interruptamente, sempre, sempre, sempre a moderar e a dinamizar o dialogo filosófico. Agora nesta segunda maratona decidimos fazer de uma maneira diferente. Quisemos aproveitar os três locais onde fazemos os cafés filosóficos frequentemente. Então fizemos uma primeira parte de manha num restaurante que é o “Duas de Letra”, agora vamos fazer a segunda parte na livraria Flaneur e há noite vamos fazer a terceira parte na Escola de Yoga que é “Yoga Sobre o Porto”, à beira dos Clérigos.
Voz Off: Quem entrar deve estar preparado para falar de temas como Política, História, Música, Religião… ou basta ter uma ideia, pensar e partilhar. Como o Senhor Fernando.
Vivo Entrevistado 2: Acho que a coisa mais importante é a partilha, a pessoa despeja, não o que lhe apetece, porque o moderador ajuda a condicionar a que a pessoa pense e isso é interessante.
Voz Off: Quem quiser descobrir a próxima temática pode comparecer no ultimo domingo do mês, na livraria Flaneur, pronto para pensar.
Vivo Entrevistado 2: Quando não pensamos em nada e fazemos só por rotina ficamos ovelhas, manipuláveis
Numa fase em que tanto se debate sobre os cortes aos pensionistas, há reformados que ainda precisam de trabalhar.
Vivo jornalista 1
Em 2016, os dados apontavam para cerca de 483 mil reformados em Portugal.
Os valores das reformas, variam entre os 150 e os 4 mil euros.
A maioria, recebe o valor mínimo.
Voz off 1
Conceição Nunes, vive em Estarreja. Uma pequena localidade no distrito de Aveiro.
Tem 75 anos e é reformada há 10. Recebe 254 euros de pensão mensal.
Voz off 2
A vista já está cansada e o corpo pede o merecido descanso.
Mas há uma preocupação que não lhe sai da cabeça.
Vivo entrevistado 2
«Tenho a idade que tenho e levanto-me às 6h da manhã. Vou tratar da minha criação e vou para o quintar trabalhar, fazer aquilo que é preciso. Principalmente de verão que agora está a chover, não se trabalha tanto no quintal.»
Voz off 3
A enxada, ajuda a marcar o passo. Conceição, aproveita o tempo para semear pequenos campos agrícolas. A colheita, vai para o jantar ou para venda no pequeno retalho.
Vivo entrevistado 2
«Olhe menina! A minha reforma é pequena, eu tenho que continuar a trabalhar para poder sobreviver. Tenho filhos mas estão a tratar da vida deles e eu tenho de trabalhar para poder sobreviver. Tenho contas para pagar, tenho que trabalhar. Ainda pego na bacia da roupa, vou lava-la à fonte há mão para não estar a gastar energia e tenho que trabalhar. Não sou como esta malta nova agora que não gosta de trabalhar nas terras… porque se gostassem, os pinhais estavam limpos e não tinha havido estes incêndios todos assim, como houveram este ano.»
Voz off 4
Ao final do dia, resta a certeza de que é graças ao trabalho, que Conceição consegue viver na idade da reforma.
Texto- pivô: É no mercado do Bolhão onde se pode encontrar uma das muitas e quase extintas profissões portuguesas: o amolador. As ferramentas, as técnicas e os clientes mantêm-se, assim como a luta contra o tempo. A chuva não é o problema.
Voz-off 1: Soa-lhe estranho? Não se assuste. Não é um pássaro…. Muito menos um avião. Faça chuva ou faça sol… É com genética de aço que André Fernandes de 29 anos mantem o negócio deixado pelo pai… O que faz um amolador?
Entrevistado 1 (André Fernandes): Um amolador afia facas, tesouras e conserta guarda-chuvas.
Voz-off 2:. Habituado desde os 11 anos a este serviço, o mercado do Bolhão é a segunda casa.
Entrevistado 1: No início foi por necessidade… Agora é por gosto!
Voz-off 3: Tal como o avô… Pouca é a curiosidade para sair deste lugar. A única diferença é a afiadora.
Entrevistado 1: Antigamente era um motor de uma motorizada, então fazia muito fumo e muito barulho e não se podia estar a ter uma conversa com os clientes.
Voz-off 4: Estes são habituais e estimam a profissão de André.
Entrevistado 2 (cliente): Tem que se ter muita perícia porque senão lá se vão os dedos… É um serviço minucioso e muito específico…
Voz-off 5: Assim como os comerciantes…
Entrevistado 3 (comerciante): Ainda ontem arranjou-me uma tesoura. Ele tem muitos clientes porque tem os talhos, tem as peixeiras que cortam o peixe e vêm sempre afiar as facas…
Voz-off 6: Mas e no futuro?
Entrevistado 2 (cliente):. Acho muito bem que os novos aprendam estas profissões porque não é nada desvalorizado terem estas profissões. Não são só os Drº que contam na vida…
Entrevistado 1: O meu genro é que tem de se por fino.
Voz-off 7: A brincar dizem-se as verdades. Mas André por enquanto segurará esta profissão de mão firme…
*Texto Pivô* O mês de Dezembro está de volta com o Perlim em Santa Maria da Feira. De 1 a 31 de Dezembro, o maior parque temático de Natal abre as portas para celebrar a 10ª edição este ano.
*Voz-Off 1* Na Quinta do Castelo, em Santa Maria da Feira, o Perlim volta para entreter o público mais jovem. Durante o mês inteiro de Dezembro, vêem milhares de pessoas com o desejo e a vontade de concretizar um sonho de Natal. As várias decorações natalícias e as interações realizadas são dedicadas a oferecer um espaço e caminhos repletos de aventuras para os mais jovens.
*Entrevistado 1* "Acho que é uma atividade muito criativa para as crianças, para aprenderem a magia e a sonhar. O que gosto mais dos teatros, não sei... Já venho aqui há 9 anos."
*Voz-Off 2*
Um mundo construído sobre a fantasia do Natal promete um grande número de pessoas. Em 2016, o evento contou com mais de 120 mil visitantes que passaram pela Quinta do Castelo de Santa Maria da Feira.
*Entrevistado 2* "Bom, antes de mais acreditar nos sonhos e que é possível fazer algo de muito especial e diferente. Depois, muito trabalho, muita paixão e muita dedicação. Esse é o grande segredo que está em Perlim. É essa magia que aqui acontece.Perlim está agora a celebrar, em 2017, dez edições. Progressivamente e ao longo dos anos, têm-se percebido o impacto sobretudo sobre o sector HoReCa, não só da cidade, mas também da região. E temos a noção que no próprio Porto cada vez mais recebemos visitantes provenientes sobretudo da Galiza, de Espanha dum modo geral, mas particularmente da Galiza. O impacto financeiro e económico sobre a cidade têm sido qualquer coisa de extraordinário, inclusive nós desenvolvemos um projeto que é o "Perlim à Mesa" que pretende envolver todos os restaurantes da cidade, particularmente do centro da cidade, nesta dinâmica e magia que é Perlim, vestir a cidade de Perlim. E o visitante vive a experiência a partir do momento que chega e almoça, por exemplo, em Santa Maria da Feira."
*Voz-Off 3* O Perlim vêm assim para encantar os miúdos e graúdos que queiram visitar este mundo de fantasia surpreendente.
Foi no inicio do ano passado que o primeiro centro empresarial do Porto foi inaugurado. O district já se tornou um ponto de referência da cidade e quem ali passa, não fica indiferente.
Voz Off 1: Situado junto à zona da Batalha, o District combina os negócios e o lazer num só. O edifício foi construído em 1970 e serviu de local para o Governo Civil e a PSP, foi reestruturado por todo e deu lugar a este espaço.
Para além dos escritórios empresariais situados no 1 piso, existe no piso 0 o Tasty district. Uma zona de restauração, que conta com uma variedade de 8 opções gastronómicas. O walking chips é um caso de sucesso, e tal como o nome sugere, traz-nos o conceito de levar as batatas fritas, para qualquer lugar.
Vivo Entrevistado 1: “Então o conceito do WalkinChips surgiu inspirado no modelo do holandês que eles têm muito essas coisas, chegas, pegas... pagas, consomes... pela rua, vais passeando. aqui é exatamente o mesmo, queremos explorar um bocado isso.”
Voz Off 2: Este espaço conta também com uma área de lazer vasta, e devido à localização da Universidade Lusófona do Porto em frente ao District, é um local que os jovens estudantes frequentam com regularidade
Vivo Entrevistado 2: “Eu conheci este espaço, o district, porque é um espaço que é em frente da faculdade, e eu venho ca muitas vezes para pronto... para estudar, para estar com os meus amigos mas venho para aqui porque... como estou todo o dia na faculdade ... para ser um bocado diferente e para não estar sempre no mesmo espaço, vimos até aqui, é algo perto, se precisarmos de alguma coisa da faculdade, estamos sempre do outro lado da rua então ... lá está é para não estar a repetir sempre o mesmo espaço, ver sempre as mesmas pessoas, então venho para aqui, é um ambiente agradável ... não tem muita gente, tem sempre um bocadinho de música, é sempre mais alegre.”
Voz Off 3: Um distrito dentro de um distrito. é assim que se caracteriza este espaço que há um ano, mudou o setor empresarial da cidade e trouxe um ar moderno ... ao coração do Porto.
TEXTO PIVOT No concelho de Ovar, em Esmoriz, um negócio de família continua a dar cartas no fabrico de móveis, há mais de uma década.
VOZ OFF1 Prego a fundo para mais um dia de trabalho Esta sociedade de dois irmãos Adão e Tavares emprega parte da família, onde pais e filhos trabalham em conjunto em prol do negócio.
VOZ ENTREVISTADO Surgiu após a insolvência de uma sociedade que não era bem uma sociedade, era um negócio que tinhamos em família com o nosso pai só que as ideias depois não se conciliavam umas com as outras então decidimos avançar, eu e o meu irmão, para uma sociedade e montar o nosso próprio negócio.
VOZ OFF2 A concorrência no setor mobiliário é forte muito devido às grandes empresas. Para o negócio resistir é necessário ter outro tipo de cuidados
VOZ ENTREVISTADO Apostando também nos móveis fora de medida, porque essas grandes empresas têm mais dificuldade, em fabricar esse tipo de móveis, nós fabricamos móveis personalizados, mas acima de tudo apostando na qualidade
VOZ OFF3 A dificuldade em projetar o futuro do negócio não surge apenas através de empresas concorrentes
VOZ ENTREVISTADO Para o estado as pequenas empresas são, o que nós chamamos, as médias empresas. Porque nós também somos uma pequena, micro, empresa. Nós somos apenas 8 pessoas... e para micro empresas é sempre muito complicado porque fazem muitas exigências, é preciso projetos económicos... Nós temos subsistido com muito trabalho, trabalhamos muitas horas. Eu e o meu sócio entramos às oito e meia da manhã e muitas vezes oito e meia da noite é quando nós estamos a sair, só assim é que nós temos conseguido manter a empresa viável
Voz OFF4 A fábrica abriu portas em 2003 e promete seguir o caminho a que se propôs, na qualidade e no trabalho.
Texto Pivô: A poucas horas para a entrada em 2018, há quem já esteja a ultimar os preparativos, para uma das noites mais importantes do ano. Os salões de cabeleireiros são por esta altura um dos locais mais frequentados para quem quer estar à altura das comemorações.
Voz Off: O espírito de final de ano já se faz sentir, neste que é o último dia de 2017. Entre cortes e pinturas, há quem queira estar no seu melhor, mesmo sem grandes produções de outros tempos.
Voz Entrevistado 1: Hoje em dia, as pessoas também já não se produzem-se muito, porque às vezes estão em casa com os amigos ou vão para casa dos familiares. E andam o mais simples possível.
Voz Off: Mas a dúvida que se coloca é saber quais são penteados preferidos das portuguesas para estes momentos especiais.
Voz Entrevistado 1: Os penteados mais pedidos. Depende. Há pessoas que gostam mais do cabelo, mais o liso. Outros gostam mais do cabelo preso para a passagem de ano. Depende muito das pessoas, isso é um bocado relativo, tanto pode ser preso como pode ser solto.
Voz Off: Contudo, não é só pelo cabelo que o outfit da passagem de ano se completa. É necessário sentir-se bem de acordo com a ocasião, principalmente, destacar o gosto pessoal.
Voz Entrevistado 2: Em princípio, começando pelo o cabelo realmente a coisa que eu gosto mais, claro é evidente se eu tivesse cabelos compridos e tudo isso, ia sempre com um penteado, umas tranças, umas coisinhas bonitas. Mas, tendo eu um cabelo muito curtinho, gosto dele ao natural, não diga que eu não ponha uns brilhantezinhos, umas coisinhas, para animar um bocadinho mais a festa.
O cabelo gosto sempre dele da mesma cor, não gosto de alterar. Os tons de cabelo variam sobre a pessoa e os gostos. Mas eu realmente prefiro estas cores.
Voz Off: Como diz o ditado popular “Ano Novo, Vida Nova”. E não existe melhor maneira de começar o ano com um cabelo novo preparado para todas as coisas novas que 2018 trará pela frente. Bom ano.