Blog dedicado à unidade curricular de Jornalismo Televisivo da Universidade Lusófona do Porto

Quarta-feira, 11 de Março de 2015

PIVÔ: Os engraxadores de sapatos são uma das profissões de rua mais antigas. A Avenida dos Aliados acolhe estes trabalhadores há décadas. 

 

 VOZ OFF: Palco de grandes celebrações, a Avenida dos Aliados acolhe, também, uma das profissões de rua mais reconhecidas. De escova numa das mãos e graxa na outra, os engraxadores dão brilho às ruas e pés da avenida. 

ENTREVISTADO 1: Sou limpador de calçado há 42 anos, vou fazer 60 anos. Tenho aqui na Praça da Liberdade 19 anos. Comecei com o meu pai. 

ENTREVISTADO 2: Isto já vem de família. O meu falecido pai era sapateiro, o meu tio era engraxador. Já vem de família isto. 

VOZ OFF: Velhos ou novos, ainda há quem queira ver os pés a cintilar. 

ENTREVISTADO 3: É uma questão de hábito. É um hábito antigo e também quando preciso de engraxar, dou trabalho aqui à parte dos engraxadores. 

ENTREVISTADO 4: Nós não engraxamos em casa assim de uma forma tão profissional. Todo o serviço que é feito com amor, nós temos mais, gostamos mais. 

JORNALISTA: Então prefere vir aqui do que ir a uma sapataria, por exemplo?

ENTREVISTADO 4: Sim, com certeza. É um serviço único, não é? E como está a ver, ele tem a ciência de ir a todos os promenores e de cuidar do sapato como deve ser. 

VOZ OFF: Como nem só de amor vive um ofício, os engraxadores sentem que a profissão está a perder o encanto. 

ENTREVISTADO 2: Antigamente havia mais engraxadores do que há agora. Isto que um dia acabe, esta mocidade nova não quer pegar nisto. 

ENTREVISTADO 5: Era melhor para mim, ganhava escudos. Agora o euro não vale nada. 

VOZ OFF: Apesar das pisadelas, a profissão resiste. A graxa continua nos sapatos. 

publicado por Sara Calafatinho às 23:23

Texto Pivô: A Casa dos Neves está aberta há 50 anos no Porto. Este estabelecimento já vestiu várias gerações ao longo dos anos.

 

 

publicado por Rui JM Fernandes às 10:38

Texto pivô: Situado no concelho de Penafiel, nas freguesias de Oldrões e Galegos, o Castro de Monte Mozinho espelha a identidade do município.

 

 

 

 

 

 

OFF 1:

Fundado em meados do século i depois de cristo por um povo do nordeste peninsular e posteriormente ocupado por romanos, o castro de monte mozinho tem duas plantas estruturais distintas. A planta redonda pertencente aos povos castrejos e a planta quadrilátera que representa o povo romano

 

Entrevistado : o castro de monte mozinho é um castro do período proto-histórico  que é o período designado por estar entre a pré-história e a história. A nível de habitação devido ao espólio encontrado em escavações arqueológicas, estima-se que seja habitado desde o século I depois de cristo, até meados do século V. Por tanto temos aqui quatro séculos de ocupação por onde passaram vários povos .

 

Off 2: O castro é classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1948.

Quem por lá passa tem de ter em atenção as regras para não danificar a monumentalidade.

 

Entrevistado 2: Há pessoas que têm de levar um souvenir para casa e às vezes tiram um bocadinho de telha de um perfil, um lado, o que pode causar também a degradação do conjunto arqueológico. Pezinhos, mãos, qualquer coisa em cima dos muros, dos vestígios, isto provoca erosão que mais tarde ou mais cedo vai degradar os conjuntos arqueológicos.

 

Off final: O monumento é um dos mais bem conservados do nordeste peninsular e também da Galiza. Numa área geográfica próxima encontramos ainda  o de Tongobriga no Marco de Canaveses.

 

publicado por Ana Rita Azevedo às 09:29

As novas tecnologias são cada vez mais procuradas pelos mais velhos, e nós fomos descobrir o porquê.

 

 

Voz off 1 Os mais velhos estão cada vez mais interessados em aprender a mexer nas novas tecnoligias. Fomos tentar perceber aquilo que os motiva.

Entrevistado 1 

O que me motivou a vir para o curso de computadores foi que, agora estas novas tecnologias, as proprias crianças com três, quatro anos sabem mexer nisso. E é uma vergonha, eu como professora, que fui, nem saber sequer ligar um computador. 

Voz off 2 

Este tipo de cursos, permite a estas pessoas ocuparem os tempos livres e tomarem partido desta aprendizagem.

Entrevistado 2 

Acho que é uma necessidade hoje em dia, pelo menos saber o básico. O que me motivou foi isso. Saber, para fazer pesquisas, sobretudo isso e também par falar para o estrangeiro, para a familia.

Voz off 3 

Marta Carvalho, Licenciada em Educação Social, explica-nos o projecto.

Entrevistado 3 

Este é um programa da Camara Municipal de Santa Maria da Feira. Chama-se programa Emilia e está direccionado a seniores com 60 anos ou mais que queiram ter o primeiro contacto com as tecnologias.De certa forma é um programa de encaminhamento, permitir que eles possam estar ocupados de alguma maneira.

Voz off 3

Perebemos então que a familia se torna um factor determinante.

Entrevistado 4 

O que os motiva a participar neste tipo de programas é o facto de muitos deles terem a famili fora, principalmente filhos. 

 

Marília Gonçalves

 

publicado por MaríliaGonçalves às 01:44

Texto Pivô: Delfim Oliveira trabalha na única casa de restauro de máquinas de costura do Porto. Já passaram pelas mãos do restaurador máquinas com dezenas de anos. 

Off: No centro de uma cidade onde dominam as grandes superfícies comerciais, ainda podemos encontrar lojas com verdadeiras preciosidades.

O senhor Delfim Oliveira comercializa e restaura máquinas de costura. A maior parte destas já não se encontra à venda.

Entrevistado 1: O serviço é antigo cá na rua, porque a loja já era mais a cima. Há 50 anos que estou cá a trabalhar. Com nove anos... a pintar pés das máquinas e a fazer recados. Só mais tarde, a partir dos 14 comecei mesmo nas máquinas. Isto nunca se sabe tudo, estamos sempre a aprender, sempre, sempre. 

Off: Várias máquinas passaram pelas mãos de Delfim. O restaurador guarda na sua memória, uma máquina que cose há mais de 150 anos.

Entrevistado 1: Eu era capaz de estar aqui de manhã à noite sem falar para ninguém, só a trabalhar nas máquinas. Gosto do que faço. São 50 anos, se não gostasse já tinha abandonado. 

Off: Longe vão os tempos de glória das máquinas de costura, mas ainda há pessoas que as utilizam, sobretudo para trabalho. 

Entrevistado 2: É uma máquina de corte e cose, só que deixou de fazer o crochet, o que remata a obra. Há 30 anos na minha mão, mas já a comprei em segunda mão. Desde os 10 anos, tenho quase 60... Como descobri esta casa? Foi o meu sogro, porque anda muitas vezes por aqui e conheceu e veio aqui.

Off: Delfim já está reformado mas continua a trabalhar porque precisa do dinheiro e, a cima de tudo, porque gosta do que faz.

Entrevistado 1: Quando eu me reformar mesmo do trabalho, fecho a casa, porque não há mais ninguém para seguir...

 

Reportagem:
Diana Pinto Alves

Imagem e Edição: 
Inês Bem-Haja

publicado por Diana Alves às 01:08

 

 

Pivô: Com preços acessíveis podemos encontrar na cidade do porto uma loja que ainda garante os serviços de outros tempos. Desde malas a sapatos aqui conserta-se de tudo.

Off: A casa crocodilo encontra-se numa das ruas mais antigas da cidade do porto, a rua cimo de vila. Lá podemos encontrar todo o tipo de produtos relacionados com o couro. Entrevistado 1: Tendo em conta que não se encontra em mais lado nenhum, tem de ser mesmo, seja o preço que for tem de se pagar. Mas não considero que seja caro, para o artigo que se compra não considero caro. Off: Para além da venda ao público a loja também tem uma parte de arranjos de artigos em pele. Entrevistado 2: Conhecemos pessoas, não é. Vem muita gente aqui, vem gente que já vinha para fazer os concertos dos netos e agora vem os pais. Off: Mesmo com o passar dos anos os clientes continuam a procurar esta loja para compor as peças. Entrevistado 3: O meu pai foi fundador e eu continuei sempre com ele. Esta casa tem cerca de 70 anos de existência. Temos também um secção de arranjos de artigos de couro que é muito famosa no país e não só. Off: A crise provocou um corte nos clientes. O trabalho nunca parou assim com a procura pelos produtos. Entrevistado 4: as indústrias que consigam conjugar os seus materiais com o couro e o couro encaixem nestes materiais também, por exemplo na indústria do mobiliário. Também se vende muita coisa para isso. Off: Com um crocodilo de cinco metros a loja continua a ser um ponto de referência na cidade do porto. Reportagem: Juliana Neves Edição e Imagem: Sara Gomes

publicado por Juliana Neves às 00:39

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