Duração: 2 min
Grupo: Francisco Miranda, Juliana Moreira e Mafalda Correia
Texto pivô:
O Comendador Eduardo Reis, reconhecido pelo seu mérito cultural, transformou a sua casa num museu ao ar livre. A Reislândia é um dos pontos atrativos da cidade da Trofa.
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Vivo Entrevistado 1 (Eduardo Reis): É lamentável, realmente, recordar o porquê. Porque foi através de uma tragédia. E foi exatamente à dezasseis anos quando uma infeliz mulher, namorada, ex-namorada, ou simplesmente amiga do meu filho apareceu em casa com um sorriso tão aberto, parecia que vinha tão alegre, tão feliz. Foi a mulher que matou o meu filho.
Monumentos, esculturas, isto praticamente é uma biblioteca ao ar livre.
Não me considero descendente, nem filho, de Adão e Eva. O meu Adão e Eva eu batizei-os de “ Goriladão” e “Chimpanzeva”.
Sinto-me muito satisfeito porque tem parado aqui muita gente, principalmente senhoras. E choram no meu ombro. Dão-me a mão, os meus sentimentos. E ficam a chorar porque dizem “eu passei pela mesma tragédia”, “olhe, foi o meu marido desta forma”, “olhe, mataram-me o meu filho”, “olhe, o outro foi atropelado”, “olhe o que o senhor diz ali, é isso que eu sinto”.
Se realmente o meu filho tem alguma réstia de vida, pois tenho a certeza que ficará contente. Se pode observar, ou saber de algum modo o que está a suceder aqui, porque o seu pai à raiz disso perdeu a fé mas ganhou uma virtude, ficou mais humanista.
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