Texto pivô:
Este ano assinalaram-se os quarenta anos da “Revolução dos Cravos”, que pôs fim ao Estado Novo. Mas abriu caminho à instauração do regime democrático, em Portugal.
Voz off1: Depois da Revolução dos Cravos, a população sentiu a necessidade, de garantir que tinha uma opinião e que a podia mostrar em público sem medo.
Entrevistado 1: Só depois do 25 de Abril, é que a gente pôde ver o que não havia antes, a nível de saúde, a educação, quer dizer, isto foi assim uma coisa, estonteante.
Entrevistado 2: Para mim foi o mudar de toda uma geração, foi a partir daí que conseguimos liberdade e que agora podemos ter, tudo o que temos hoje em dia, liberdade de expressão, direito ao voto das mulheres, esse tipo de coisas.
Entrevistado 3: Primeiro foi de liberdade e democracia, primeiro, depois, hoje, os portugueses, aos milhares, vivem na precariedade e não têm um cêntimo para ir a um café.
Voz off 2: A liberdade, tem vindo a ser destacada por muitos, como a melhor, maior e mais duradoura conquista.
Entrevistado 4: Isso foi muito bom, as pessoas virem que realmente, têm de ter mais exigências. Temos que pronto, pedir mais e ter mais.
Entrevistado 5: Essa questão da liberdade mudou, mas neste momento, o nosso governo, com as políticas que está a tomar, parece que voltamos um bocadinho ao tempo do pré-25 de Abril.
Entrevistado 6: Portanto, a liberdade propagandista desta república, do 25 de Abril, é mentirosa, não há democracia e não há liberdade.
Voz off 3: Hoje, Portugal ainda vive de forma intensa, as grandes transformações provocadas pela revolução.
Texto: Tânia Durães e Hugo Ramos
Imagem e Som: Vítor Pinto